Título: O Evangelho Segundo Madalena
Autor: Marcelo Pagliosa
Categoria: Romance
Ano: 2021
Edição: EDUFMA
ISBN: 978-65-89823-31-5
405 g | 14 x 21 cm | 328 páginas
Sinopse:
Diziam que Pedro escrevia em meu nome. Não era possível. Tantos nomes, tantos significados. Não me deram a palavra, só o nome. Os do Templo e da igreja falavam meu nome e diziam que a minha cabeleira e o meu cheiro eram de uma prostituta. Os antigos seguidores diziam que eu era Mágdala da Torre. A Mulher da Torre, a guardiã dos ensinamentos de Joshua. A mulher-farol. Pedro nunca aceitou isso, Paulo tampouco. Mulher, nesse mundo, ser guardiã de algo? Nunca os homens aceitariam isso. Guardar os filhos, guardar o marido. A Torre, jamais. Deixem-na desmoronar. Nem filhos eu tive. Na minha época, a pessoa era o nome. A elucidação de quem somos. Meus pais só queriam isso: que eu tivesse um nome, e que ele significasse algo de bom. A amada de Deus, a protegida. Ironia da história: fui amada, de outra forma, pelo Filho. Mágdala e Joshua. A Mulher da Torre de Pedra Dele. Pedra que não deveria ser arremessada. E tentaram arremessar as pedras da minha torre contra mim, a mesma mulher. A mulher Dele não poderia ser a guardiã da Torre. A palavra era dos homens. Nem o nome me deixariam ter.
Sobre o livro:
Três Madalenas. Três histórias de resistências femininas em épocas e sociedades diferentes. Três memórias. Aliás, uma sociedade sem memória é uma sociedade sem resistência. A obra traz à superfície a luta consta os poderes instituídos, sejam eles políticos, econômicos ou religiosos. Ou os três juntos, que neste caso constituem a trindade do horror. Deus assiste ou resiste a isso tudo? Às mulheres, sempre foi reservado o lugar de espectadoras da história, mas quem observa também cria expectativa de mudança.
Por meio das três histórias, conhecemos a companheira do Filho de Deus, outra criada no campo de concentração nazista aos pés da Cordilheira dos Andes chilena e a estudante negra da USP que luta contra o racismo e contra o golpe de 2016, outro golpe, mais um entre tantos a golpear a democracia da parte sul do continente americano. Como pano de fundo a estas vidas, estão o início do cristianismo, a ditatura de Pinochet e o Brasil preparado para eleger Jair Bolsonaro.
Três Madalenas que poderiam ser muitas mais a exigir o direito de fala, o direito à vida e à liberdade. O direito ao controle de seus próprios corpos, o direito aos direitos negados no decorrer da humanidade. Três personagens que são fruto da imaginação criativa do autor, mas que representam a biografia de muitas mulheres reais, herdeiras de memórias coletivas de resistência. Mulheres que exigem seu lugar na história.
Esse novo livro de Marcelo Pagliosa é, acima de tudo, um livro sobre o ato de resistir e de manter a memória ativa, é também parte da retentiva latino-americana do século XX que continua em disputa.
O Evangelho Segundo Madalena
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