Livro:
Consumo de drogas e outros comportamentos relacionados
Sobre o livro:
A segunda edição deste livro renova meu interesse por esta área de estudos, sempre atual e instigante. A grande mídia mantém este assunto em alta; raros são os dias em que um destes veículos não trata deste tema, especialmente sobre o uso e tráfico de drogas.
O índice de consumo de drogas em nosso país nos surpreende a cada dia. Os mais recentes dados epidemiológicos sobre isto foi anunciado recentemente através da pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Políticas de Álcool e Drogas e Unidade de Àlcool e Drogas – INPAD/UNIAD, duas grandes instituições nacionais que tratam de forma responsável e competente o assunto, nos revela o crescimento vertiginoso do consumo de crack e cocaína na população brasileira, ao ponto de nos colocar em patamares de destaque no consumo destas drogas no cenário internacional.
Nós hoje somos o primeiro país do mundo consumidor de crack e o segundo de cocaína. Estima-se que haja no País mais de 2 milhões e oitocentos mil usuários de crack. Quanto ao uso de coca, aumentou seu consumo nos últimos 5 anos, contrariamente ao que houve com a maioria dos outros países latino-americanos, o que demonstra, claramente, entre outras coisas, o fracasso das políticas públicas destinadas ao controle dessa situação. Saímos da condição internacional deplorável de corredor do tráfico, para o país exportador e consumidor de drogas ilícitas. O que nos preocupa mais ainda e nos desonra.
O consumo de drogas ilícitas atinge níveis em torno de 4,2% da população mundial; só de maconha aumentou o consumo em mais de 160% de 2001 a 2006 e, mais recentemente, o II LENAD nos informa que a maconha é consumida diariamente por cerca de 1,5 milhão de adultos
e adolescentes, e, ainda de acordo com o estudo, mais de 3 milhões de adultos, com idade entre 18 e 59 anos, fumaram maconha no último ano e cerca de 8 milhões de adultos (7% dessa parcela da população) já experimentaram a droga alguma vez; sendo que os homens usam três vezes mais.
Mais ainda, do total, 62% tiveram o primeiro contato com a maconha antes dos 18 anos. Entre os adolescentes de 14 a 18 anos, 470 mil revelaram que fizeram uso no último ano e 600 mil disseram já ter experimentado a droga alguma vez na vida. Além disso, 17% dos consumidores nessa faixa afirmaram que conseguiram a substância dentro da escola. Em seguida, aparecem as anfetaminas (29 milhões), cocaína (14 milhões) e opiáceos (13,5 milhões, dos quais 9 milhões são usuários de heroína). Nunca tivemos tantas drogas à disposição, nem se consumiu tanto quanto se consome hoje, e isto confere ao problema um caráter emergencial, exigindo de todos e, particularmente, dos governantes, medidas eficientes para manter a situação sob controle, tanto do ponto de vista ético e da saúde como social. Os crimes e a violência na sociedade contemporânea, relacionados ao narcotráfico, provocam em todos sensações permanentes de insegurança e medo, desafiam instituições, ameaçam a ordem social e econômica do mundo. O narcotráfico não tem fronteiras. É uma atividade transnacional de que todos os países se queixam, uns mais e outros menos. Alguns países têm mais problemas relacionados ao uso de drogas, outros ao tráfico, à produção, e outros à reduzida infraestrutura médico-social para assistir os inúmeros usuários e suas famílias.
Trata-se, realmente, de um imenso problema que temos que enfrentar agora. Entendemos, também, que as medidas a serem adotadas deverão ser compartilhadas entre todos de forma responsável. Considero, portanto, esta publicação como uma colaboração para o debate deste assunto. É um trabalho sob os auspícios da Ação Editorial pela Vida Sem Drogas, do Instituto Ruy Palhano, que há anos desenvolve inúmeras atividades de prevenção, ensino, estudos e assistência médica e psicossocial a usuários de drogas e suas famílias.Boa leitura!
Ruy Palhano
Consumo de drogas 2ª edição
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