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Dilú Mello
Título: Dilú Mello – Um Expoente da Música Brasileira 
Autor: Luiz Alexandre Brenha Rapôso 
ISBN: 9788592736637
Peso: 528g
Ano: 2001
N º: 378 
 
Categoria: Biografia         
 
Sobre o livro:

A brasileiríssima Dilú Mello

Dilú Mello. assim em nove letras, é um resumo gráfico daquela que foi uma das maiores e mais completas artistas que já se apresentaram no Brasil. Maior em todos os sentidos, pois não brilhou apenas por sua voz bonita e original, mas porque era uma musicista de mão cheia: tocava acordeom. violão, piano, viola caipira, harpa paraguaia, o diabo!

Maranhense de Viana. Dilú iniciou seus estudos de música ainda em sua cidade natal, com o maestro Miguel Dias. Curiosamente, Dilú tinha um forte sotaque... gaúcho! É que fora criada em Porto Alegre, a partir dos 10 anos de ade

No final dos anos 30, veio para o Rio de Janeiro, estreando como cantora na Rádio Cruzeiro do Sul. Em 1944, lançou pela Continental aquele que seria seu maior sucesso: Fiz a Cama na Varanda (parceria de Ovídio Chaves). A música seria, mais tarde, relançada por Marlene, Inezita Barroso, Dóris Monteiro, Cantores de Ébano, Nara Leão e gravada também na Rússia, França e México. Em 1949, estourou com um compacto contendo duas músicas: Lá na Serra (de Capiba) e Qual o Valor do Sanfona? (parceria de J. Portela). Mas logo conseguiu novos e imensos sucessos com o baião Maravia (parceria de Jairo José) em 1952 e, no ano seguinte, com Meu Cariri (parceria de Rosil Cavalcanti), lançado pela versátil Ademilde Fonseca.

Viajando por todo o Brasil, ao mesmo tempo em que divulgava suas músicas, Dilú garimpava preciosidades da cultura nativa por onde passasse. Fossem as cantigas de usinas do interior alagoano, ou dos engenhos de cana-de-açúcar do sertão pernambucano ou ainda dos seringueiros da floresta amazónica, tudo ganhava brilho especial na voz dessa grande intérprete do nosso cancioneiro popular.

Se, por compreensíveis razões sentimentais, o Maranhào e o Rio Grande do Sul tornaram-se fontes de inspiração mais presentes em sua obra, o restante do país náo ficaria de fora. Assim temos,  por exemplo, a singeleza do pregão pernambucano em Rolete de Cana (parceria de Oswaldo Santiago), lançado em 1945 por Jorge Fernandes e regravado posteriormente pela própria autora e por Ely Camargo na década de 70; a irreverência carioca no samba-choro Meu Barraco (parceria dc Duque), lançado pela grande Carmem Costa em 1946, e a exuberância da Bahia com suas rodas-de-samba e capoeira em Conceição da Praia (parceria de Aldemar Brandeio), lançada em 1949 por Marlene, eleita Rainha do Rádio daquele ano.

Dilú gravou pouco mais de uma dúzia de discos compactas 78 rpm e somente três LPs (um pela Odeon, outro pela Som e o terceiro pela Sornil), mas deixou-nos um rico legado de mais de 100 composição. Sua pequena e seleta discografia, somada à diversificada musicografia tornam-se, entretanto, monumentais por reproduzirem fielmente um vivo e colorido painel cultural do Brasil dos anos 30, 40 e 50.

Por tudo isso Dilú Mello merece um lugar de destaque na recente história de nossa música popular, E por isso mesmo precisa ser redescoberta, urgentemente, pelo Brasil do século XXI.

Rio, março de

Ary Vasconcelos

Pesquisador da MPB. jornalista e escritor.

Dilú Mello

R$ 50,00Preço

Livraria e Espaço Cultural AMEI - São Luís Shopping

Fixo: (98) 3251 3744

Whatsapp: (98) 9 8283 2560

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